quinta-feira, 2 de junho de 2011

TRABALHANDO COM A CANÇÃO "TOCANDO EM FRENTE"

Leia a canção abaixo e reescreva-a na língua portuguesa padrão:

/tokãdu ~eY fr~eti/

Almir satre

      /tokãdu ~ey fr~eti/                        
      /Ãdu divaGar purki ja tivi prESa /
      / i LEvu eSi SoRizu /
      /purki ja Xorey dimays/
      / oji mi s~itu mays fOrti /
      / mays felis k~ey sabi /
      / ew SO lEvu a Serteza /
      / di ki muytu powku ew Sey /
      / ew nada Sey /
      / koÑeSer as mãÑas i as mãÑãs /
      / u sabor das maSas e das maSãs /
      / E preSizu amor pra poder puwSar/
      / E preSizu pas pra poder SoRir /
      / E preSizu a Xuva para florir /

      /p~seu ki k~uprir a vida/
      /seja s~iplism~eti Kõpri~eder a marXa/
      /i ir tokãdu ~ey fr~eti/
      /komu ~u vE~Lu boyadeyru/
      Levãdu a boyada ew vow tokãdu us dias/
      /pela lõGa istrada ew vow/

      REFRÃO

Assista ao vídeo da música "Tocando em Frente"



VOCÁLICOS NASAIS

Manta - /ã/  /mãta/
Menta - /~e/ /m~eta/
Minta - /~i/   /m~ita/
Monta - /õ/    /mõta/
Junta - /~u/   /j~uta/
São CINCO fonemas vocálicos NASAIS.
A língua portuguesa possui DOZE fonemas vocálicos.
 
Semivocálicos – são fonemas sonoros átonos  que se juntam a uma vogal
na mesma sílaba.
   papai pa - pAI  - /papay/


Fonética é a ciência que estuda os sons da fala.
Os sons da fala chamam-se FONEMAS.
FONEMAS são os sons significativos mais elementares de uma palavra.
LETRAS são as representações gráficas dos FONEMAS.
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
 
Leia a canção abaixo e reescreva-a na língua portuguesa padrão:

/tokãdu ~eY fr~eti/

Almir satre

      /tokãdu ~ey fr~eti/                        
      /Ãdu divaGar purki ja tivi prESa /
      / i LEvu eSi SoRizu /
      /purki ja Xorey dimays/
      / oji mi s~itu mays fOrti /
      / mays felis k~ey sabi /
      / ew SO lEvu a Serteza /
      / di ki muytu powku ew Sey /
      / ew nada Sey /
      / koÑeSer as mãÑas i as mãÑãs /
      / u sabor das maSas e das maSãs /
      / E preSizu amor pra poder puwSar/
      / E preSizu pas pra poder SoRir /
      / E preSizu a Xuva para florir /

      /p~seu ki k~uprir a vida/
      /seja s~iplism~eti Kõpri~eder a marXa/
      /i ir tokãdu ~ey fr~eti/
      /komu ~u vE~Lu boyadeyru/
      Levãdu a boyada ew vow tokãdu us dias/
      /pela lõGa istrada ew vow/

      REFRÃO

Assista ao vídeo da música "Tocando em Frente"



VOCÁLICOS NASAIS

Manta - /ã/  /mãta/
Menta - /~e/ /m~eta/
Minta - /~i/   /m~ita/
Monta - /õ/    /mõta/
Junta - /~u/   /j~uta/
São CINCO fonemas vocálicos NASAIS.
A língua portuguesa possui DOZE fonemas vocálicos.
 
 
Semivocálicos – são fonemas sonoros átonos  que se juntam a uma vogal
na mesma sílaba.
   papai pa - pAI  - /papay/


Fonética é a ciência que estuda os sons da fala.
Os sons da fala chamam-se FONEMAS.
FONEMAS são os sons significativos mais elementares de uma palavra.
LETRAS são as representações gráficas dos FONEMAS.
 
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
 
VOCÁLICOS ORAIS– são fonemas sonoros, emitidos sem empecilhos e sem ruído.
Mala - /a/
Mesa - /e/      bela – (é)- /E/
Tira - /i/
Toca - /o/       toca – (ó)- /O/
Tatu - /u/
São 7 fonemas vocálicos orais

VOCÁLICOS ORAIS– são fonemas sonoros, emitidos sem empecilhos e sem ruído.
Mala - /a/
Mesa - /e/      bela – (é)- /E/
Tira - /i/
Toca - /o/       toca – (ó)- /O/
Tatu - /u/
São 7 fonemas vocálicos orais

PROPOSTA ALTERNATIVA PARA O ESTUDO DA FONÉTICA

PROJETO



TÍTULO:      UMA ALTERNATVA PARA O ENSINO DA FONÉTICA:
                       PRODUÇÃO DE VIDEOCLIPES COM A TRANSCRIÇÃO FONOLÓGICA
                       DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA






PROFESSORA: Luza Mai Marques Seckler





ÁREAS DO CONHECIMENTO: Língua Portuguesa, Educação Artística, Pluralidade Cultural, Informática






PÚBLICO ALVO: 1º Ano do Ensino Médio






LOCAL: I. E. E. Assis Chateaubriand






CHARQUEADAS

2011








              
            JUSTIFICATIVA

A forma tradicional, fragmentada e dissociada da vida como o estudo da Fonética têm sido realizado nas escolas, não tem contribuído para o aprendizado de nossos alunos. O ensino  através das exposições teóricas e escritas, das listas intermináveis de exercícios e depois a “reprovação” nas avaliações, nos levam a constatação de que a metodologia que estamos aplicando, e aquilo que estamos ensinando não tem significado para os nossos alunos, que ficam sem saber PARA QUE estudar Fonética e ONDE aplicar este conteúdo. Apresentamos então uma nova proposta para o ensino da Fonética, com a produção de "videoclipes" que apresentem a transcrição fonológica das letras de músicas da MPB, embasada nos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) e na motivação que a integração das novas mídias poderá trazer para a construção do conhecimento.



              OBJETIVOS



  • Produzir um videoclipe com a letra e a transcrição fonológica de uma canção popular brasileira em CD ou DVD para posterior avaliação do professor e do grupo de alunos.                                     
  • Compreender e identificar os níveis de variação lingüística da Língua Portuguesa;
  • Compreender a diferença entre a língua falada e a língua escrita, através da análise dos símbolos representativos na composição da letra de uma canção e da sua transcrição fonológica, a partir da sua audição.
  • Identificar os fonemas pertinentes à nossa língua (consonantais, vocálicos, semivocálicos);
  • Identificar, através da audição e da transcrição de palavras da canção apresentada, os encontros vocálicos (ditongo crescente, ditongo decrescente, hiato, tritongo);
  • Identificar os encontros consonantais (perfeitos e imperfeitos), através da separação silábica das palavras da canção.
  • Identificar os dígrafos (vocálicos e consonantais), através da transcrição fonológica dos vocábulos da canção;
  • Construir conceitos para os encontros vocálicos, dígrafos e encontros consonantais, após a identificação desses fenômenos.
DESENVOLVIMENTO


(Relato do trabalho desenvolvido com a Turma A1 do 1º ano do Ensino Médio em 2008)

           

            1º MOMENTO


·         Apresentação somente da transcrição fonológica da canção “Tocando em Frente” de Almir Satre:
/tokãdu ~ey fr~eti/

/Ãdu divaGar purki ja tivi prESa /
/ i levu eSi So Rizu /
/purki ja Xorey dimays/
/ oji mi s~itu mays fOrti /
/ mays felis k~ey sabi /
/ ew SO lEvu a Serteza /
/ di ki muytu powku ew Sey /
/ ew nada Sey /
/ koÑeSer as mãÑas i as mãÑãs /
/ u sabor das maSas e das maSãs /
/ E preSizu amor pra poder puwSar/
/ E preSizu pas pra poder SoRir /
/ E presizu a Xuva para florir /



·         Os alunos ficaram surpresos com a forma escrita e acharam que estavam diante de uma língua indígena ou qualquer outro idioma. Após, coloquei a canção para que ouvissem e pedi que prestassem atenção na forma como as palavras eram pronunciadas pelo cantor da música. Foi então que perceberam que a forma transcrita era a forma como as pessoas falavam. Achei bastante interessante quando alguns alunos identificaram algumas palavras desse código lingüístico como as que são utilizadas em suas conversas virtuais no MSN, Chast’s, Orkut e outros. Foi nesse momento que trabalhamos os princípios da variação lingüística nos seus diferentes níveis de linguagem.

·         Para a identificação dos encontros vocálicos, solicitei aos alunos que transcrevessem palavras da música que apresentassem o encontro de vogais, primeiro na mesma sílaba, depois, em sílabas diferentes.


- Que palavras no texto apresentam o encontro de duas vogais em sílabas diferentes?
di-as
su-a
compre-ender

·         Baseados na identificação desses “encontros” de vogais pedi a eles que construíssem um conceito para “encontros vocálicos”.

- Defina HIATO baseado(a)  nos exemplos acima.
HIATO é..............................................

·         Utilizando o mesmo método os alunos foram identificando os DITONGOS, os HIATOS , os TRITONGOS e, posteriormente, construindo e escrevendo os seus próprios conceitos.


                     - Que palavras no texto apresentam o encontro de uma VOGAL e uma SEMIVOGAL (ou vice-versa) na mesma sílaba?

1ªESTROFE:       cho-rEI;       de-mAIs;        mAIs;        EU;        mUI-to;        pOU-co;        sE

3ª ESTROFE:      bOI-a-da;    bOI-a-dEI-ro

4ª ESTROFE:    OU-tro;        vAI;              his-tó-rIA

                     - Defina DITONGO CRESCENTE e DITONGO DECRESCENTE baseado(a) nos exemplos acima.


·         Da mesma forma trabalhamos para a identificação dos DÍGRAFOS e dos ENCONTROS CONSONANTAIS.

-Que palavras na letra da música apresentam duas letras para representarem um único som?

1ª ESTROFE: AN-do /Ãdu/
                   Por-QUe /purKe/
                  preSSa /preSa
                 soRRiso /soRizu/
                CHorei  /Xorey/



-Agora, conceitue DÍGRAFO  baseado(a) nos exemplos acima.




·         Diversas atividades foram realizadas para a fixação e aplicação da aprendizagem destes conceitos, além da transcrição fonológica de vários trechos de músicas com palavras utilizadas no nosso cotidiano.



2º MOMENTO - NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

·         Os alunos divididos em grupos de 5 ou 6 elementos escolheram a letra de uma música para fazerem a transcrição fonológica. Para isso utilizaram como recurso a pesquisa na internet através de sites musicais como: VAGALUME, YOUTUBE e outros.
·         Após as transcrições das letras e revisão dos possíveis erros, eles montaram slides no MICROSOFT POWER POINT com os versos da letra original da música e logo abaixo, como aparecem nas traduções de músicas em outro idioma, colocaram a transcrição fonológica de cada verso.
·         Depois chegou o momento de buscarem imagens na WEB que correspondessem às partes da música transcrita. Alguns alunos optaram por tirar suas próprias fotos para a confecção dos slides.
·         Os últimos passos foram adicionar aos slides a canção escolhida como fundo musical e depois salvar em CD ou DVD para apreciação do professor e dos demais alunos.



AVALIAÇÃO

        Os alunos foram avaliados durante todo o processo de realização das atividades até a sua culminância, com a apresentação dos videoclipes. Ao fazerem a análise da transcrição fonológica da canção “Tocando em Frente” de Almir Satre, podia-se perceber o nível de dificuldade dos alunos, e fazer as intervenções necessárias para que atingissem um outro nível de compreensão.
       Após analisarem os aspectos fonéticos da canção, os alunos foram apropriando-se dos símbolos que representavam cada unidade da linguagem oral, através da transcrição de trechos de outras canções propostas pelo professor. Ao observar que os alunos apresentavam dificuldades comuns, como por exemplo, nas representações dos ditongos crescentes e decrescentes, /historYA/ e /XorEY/, eram propostos novos exercícios que sanassem aquele problema. No caso, a AVALIAÇÃO, realizada a todo o momento, servia como ponto de partida para a tomada de decisões no desenvolvimento do trabalho.
       Foi estipulado um tempo flexível para a realização de cada tarefa proposta pelo professor, e no final de cada período, os alunos apresentavam um relato das suas produções, acompanhados das dúvidas que surgiam durante o processo.  Esse procedimento, além de evitar a dispersão do foco do trabalho e o distanciamento dos objetivos em questão, proporcionava a troca de experiências entre os alunos, ajudando-os na solução de questionamentos comuns.
       A utilização do computador e das suas ferramentas, como recurso didático para essa proposta, foi fundamental para a construção do conhecimento e sucesso do processo ensino-aprendizagem.
       Na produção dos videoclipes os alunos foram avaliados:

·         Por todos os elementos envolvidos no projeto, através de uma ficha de avaliação e de autoavaliação entregue aos alunos no dia da apresentação final dos trabalhos; os alunos ao verem os vídeos dos colegas, anotavam possíveis erros para serem discutidos depois da apresentação: as transcrições das letras das canções podiam ser alteradas após as produções dos vídeos (recurso oferecido pelas mídias de computação);
·         Pela criatividade, originalidade, sincronia entre a técnica, o conteúdo (texto e imagem) e a escolha do software adequado;
·         Pela responsabilidade, pontualidade e comprometimento do grupo na realização da tarefa.